Resistência Cultural!

O fenômeno da Globalização, sem dúvida alguma, surgiu como uma forma de ampliação dos interesses do capital, onde capitalizar os lucros e socializar os prejuízos é o principal objetivo de seus protagonistas. Nessa esteira, os países periféricos continuam na submissão colonialista ao chamado primeiro mundo, principalmente na esfera econômica e cultural. Para justificar suas pretensões, este constrói teses como a do pensamento único - o seu, naturalmente, - e falácias como a do Fim da História, com o intuito de que esqueçamos o nosso passado, as nossas raízes, em prol das benesses da globalização neoliberal. E a mão invisível dos Estados do lado de cá deve sempre atender às conveniências do mercado de lá, em detrimento dos interesses legítimos de seus cidadãos de segunda classe: o povo. E até a Lei Maior dos pobres países deve se submeter à essa Nova Ordem Mundial. A cultura dos colonizados deve desaparecer e abrir oportunidades para a exploração econômica da pretensa cultura hegemônica mundial, imposta a um mundo subserviente a esses e a outros interesses dos eternos colonizadores. O nivelamento cultural apregoado pelo mercado sem fronteiras tenta soterrar centenárias tradições regionais, locais, em nome de um suposto e duvidoso comércio comum. Diante de tais interesses, aos cidadãos restam duas opções: aceitar passivamente as perniciosas imposições ou resistir, defendendo as identidades culturais de suas aldeias. Ao Movimento Tradicionalista Gaúcho Brasileiro, no entanto, diante das suas cláusulas pétreas de índole moral-cultural, contidas na sua Carta de Princípios, não lhe é conferida escolha alguma. Deverá continuar observando, fiscalizando e promovendo a Filosofia Tradicionalista entre as suas entidades filiadas, sem rendição a tais interesses econômicos, globalizados ou não. Aos cidadãos tradicionalistas, a estes é garantido o exercício legítimo do direito de resistência cultural, em nome dos mais altos interesses de todo o Bravo Povo Gaúcho Brasileiro!
Origem: sitio Bombacha Larga