O Gaúcho e a Fronteira no Mundo Virtual II

Estas questões relativas à identidade cultural gaúcha e aos movimentos separatistas do Rio Grande do Sul têm como pano de fundo a territorialidade. Porém, a Internet, conhecida como um espaço de fluxos[3], vem servindo de palco para estes debates. Exemplo disso é o que acontece no site Galpão Virtual, o site de arte e tradição gaúchas do provedor Internet Via RS, pertencente à Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul (Procergs).No dicionário, o termo galpão designa uma “edificação aberta em um dos lados para abrigo de homens, animais, material, etc.” (FERREIRA, 1999, p. 965). Para um dicionário regional gaúcho, no entanto, o termo é mais abrangente:
1. Grande construção rústica edificada na sede da estância, destinada ao abrigo de homens e animais bem como à guarda de materiais e outras serventias. Possui, geralmente, uma área de chão batido e outra assoalhada com madeira bruta para guardar ração, arreios ferramentas e outros utensílios. No galpão se reúnem patrões, peões, tropeiros, viajantes e outros (menos as mulheres, pois trata-se de ambiente exclusivamente masculino); local onde se prepara e se come o churrasco e, num clima alegre e descontraído ao redor do fogo de chão, toma-se chimarrão, discutem-se as lidas de campo e contam-se causos. 2. Estábulo que serve de abrigo para animais. 3. Alpendre, varanda, edificação junto à casa de habitação (BOSSLE, 2003, p. 259).Hoje, as sedes dos CTGs recebem este nome. Neste espírito, foi criado o site Galpão Virtual em setembro de 2000, em alusão à Semana Farroupilha. Como seu nome sugere, o site tem a preocupação de ambientar o internauta como se estivesse num CTG virtual: a cor marrom predominante remete à madeira dos rústicos galpões das entidades tradicionalistas, bem como a linguagem presente em suas páginas, o portunhol, uma mistura de espanhol e português, que é muito utilizada pelos gaúchos em razão da proximidade física com o Uruguai e a Argentina. Além desta ambientação, o internauta encontra no site, entre outros assuntos, receitas campeiras, poesias, músicas regionalistas cifradas para violão, informações acerca da vestimenta de gaúcho, registros de eventos, curiosidades, minidicionário guasca, história do Rio Grande do Sul, lendas, ditados e um extenso banco de dados com quase dois mil endereços de CTGs e piquetes tradicionalistas, muitos deles em outros estados e países. Porém, é na seção denominada Tchê-mail, objeto de estudo deste trabalho, que sua comunidade virtual de internautas deixa as impressões acerca do site e de assuntos correlatos.Ao contrário das comunidades ditas tradicionais, formadas pela proximidade geográfica, as comunidades virtuais são constituídas a partir de indivíduos com os mesmos interesses conectados na Internet. “Comunidade Virtual seria o termo utilizado para os agrupamentos humanos que surgem no ciberespaço, através da comunicação mediada pelas redes de computadores (CMC)” (RECUERO, 2001, p. 6). Baseada em Maffesoli no conceito de tribos eletrônicas, Gehrke (2002, p. 84) complementa: “utilizando a Internet como meio, tribos eletrônicas têm se formado, agregando indivíduos com os mesmos interesses, mesmo que distantes geograficamente.” Por fim, Recuero (2001, p. 11) diz que “a comunidade virtual é um elemento do ciberespaço, mas é existente apenas enquanto as pessoas realizarem trocas e estabelecerem laços sociais.” O livro de visitas virtual do site Galpão Virtual, denominado Tchê-mail, esboça o alcance geográfico do mesmo, uma vez que boa parte de seus registros é de internautas de outros estados brasileiros e países. As mensagens nele publicadas também registram a formação voluntária de uma comunidade virtual interessada no tradicionalismo gaúcho, desfigurando a função inicial daquele espaço, que passou a apresentar características de fórum de debates. No entanto, dois assuntos debatidos entre os internautas no Tchê-mail chamam a atenção, pois remetem aos conceitos acima trabalhados. O que é ser gaúcho? Qual é o posicionamento dos mesmos sobre separar o Rio Grande do Sul do Brasil? Para saber o que a comunidade virtual mantida através do site pensa acerca destes assuntos, são apresentadas as mensagens do Tchê-mail que mencionam tais temáticas, enviadas em dois momentos distintos, conforme descrição abaixo.

Impressões sobre o gaúcho

O primeiro período de mensagens analisadas compreende de junho a agosto de 2002, onde aconteceu uma fervorosa discussão sobre o que é ser gaúcho. Aqui, pode-se averiguar, nos comentários enviados ao Tchê-mail, o confronto de três grandes grupos: os gaúchos que vivem no Rio Grande do Sul, aqueles que vivem fora do estado, e aqueles que não nasceram no Rio Grande do Sul, mas cultivam os hábitos e/ou apreciam a cultura sul-rio-grandense. O segundo caso lembra Smith (1997, p. 69), quando diz que “os integrantes da nação[4] que se encontram fora da pátria se consideram perdidos”. O terceiro grupo, porém, é o mais intrigante, uma vez que foi o pivô de um grande debate no site, como provam as mensagens a seguir[5].No dia 15 de junho de 2002, a internauta Juliana[6], de Joinville – SC, deixou no Tchê-mail a mensagem “Te achega gaúcho pro pampa teu lar. Convido todos pra conhecer este site!” Passados três dias depois, Graziela Weber, de Porto Alegre – RS, escreveu em resposta: “Mas bah! Me desculpem os barrigas-verde, mas não entendo a insistência dos Catarinenses em serem chamados de gaúchos... Tantas lutas tiveram os Genuínos Gaúchos para manterem e divulgarem nossa tradição para virem os Catarinos e se autodenominarem Gaúchos!”Frente à reação desta internauta, outros gaúchos começaram a se manifestar. No dia 24 daquele mês, Gumercindo, de Fortaleza dos Valos – RS, lembrou:
“Praticamente o Rio Grande começou a ser criado lá pelas bandas de Laguna, no século XVII. Então os barrigas-verde são nossos irmãos acima de tudo”. Um dia depois, Graziela renovou sua posição, dizendo que “Os Catarinenses são irmãos assim como todo o Brasileiro. Mas aí ser chamados de Gaúchos!” Nota-se uma certa ironia da internauta ao destacar a palavra irmãos quando se refere aos catarinenses e demais brasileiros, que reforça seu sentimento do gaúcho como ser ímpar.Outro internauta envolvido na discussão foi Cristiano, de Novo Hamburgo – RS, que em 25 de junho enviou uma mensagem claramente destinada a Graziela, mesmo não apontando seu nome. Na oportunidade, ele lembrou que “muitas das grandes batalhas que nos deram a liberdade tiveram como QG a querência lagunense, que hoje pertence ao estado de Santa Catarina”. Insistindo em seu ponto de vista, Graziela, no dia 28 de junho, continuou afirmando que tinha conhecimento sobre “essa história de Laguna, mas Catarinenses são Catarinenses e Gaúchos são Gaúchos”.Por fim, em 25 de agosto do mesmo ano, Odilon Dorval Klein, de Ijuí – RS, conseguiu amenizar a agressividade de Graziela. Sua mensagem foi direta: “Já tinha visto índio[7] grosso e boçal. Mas esse (sic!) tal de G.W. levou todas as fichas, pois não é que o vivente vem de atropelar nossos buenos irmãos de Santa Catarina?” Mais adiante, Odilon pediu desculpa aos catarinenses e disse que não há “nada pior que um gaúcho que não respeita os seus semelhantes.” Dois dias depois, Graziela, parecendo arrependida, escreveu: “está bem, Odilon, você me convenceu”. No último dia daquele mês, Odilon publicou nova mensagem no Tchê-mail, numa resposta à Graziela: “Peço desculpas pelo chasco. Mas vejas, somos todos brasileiros e, por esse motivo, devemos respeito a todos os nossos irmãos. E principalmente o gaúcho que sempre primou pelo respeito e cordialidade”.Passadas algumas semanas, um internauta deixou um recado provocativo em relação à discussão acima. No início de seu recado, Sady Carlos de Souza Júnior, de São Paulo – SP, perguntou: “Como vão os nossos gaúchos? Sou gaúcho, moro em São Paulo há algum tempo e venho por esta dar um alô a todos os conterrâneos e barrigas-verdes! :-)”Mais adiante, o assunto renasceu, desta vez na mensagem enviada em 6 de outubro por Renato Kammler, de Marcelino Ramos – RS. Ele escreveu: “Quero falar que gaúcho é todo aquele que defende e se orgulha de nosso pampa, não importando se é catarina ou cearense”. Assim, ele se posicionou sobre o que é ser gaúcho, no caso mostrando que é mais um “estado de espírito” do que mesmo um substantivo gentílico dos nascidos no estado do Rio Grande do Sul. Porém, a continuação desta mensagem é particularmente interessante: “mas só quem nasceu aqui tem o verdadeiro sangue dos heróis farrapos nas veias, coisa que aqueles b... enrustidos do Casseta e Planeta nem em sonho algum dia terão. Um grande abraço deste que se orgulha de ser chamado de gaúcho”. Aqui, o internauta demonstrou aversão ao programa humorístico da Rede Globo, que, na época, exibia semanalmente personagens com trejeitos homossexuais trajando vestimentas gaúchas, numa explícita paródia ao mito do gaúcho.

Impressões sobre o separatismo gaúcho

Já num outro momento, mais precisamente entre os dias 31 de agosto e 22 de setembro de 2003, em razão da comemoração da Semana Farroupilha, o Tchê-mail foi palco de outra discussão polêmica, que até o presente momento divide as opiniões dos internautas do site: o movimento separatista da República do Pampa Gaúcho. Neste período, quase uma centena de mensagens sobre esta temática foi enviada. Apesar do descrédito sobre Irton Marx e seu movimento, provocado pela mídia no início da década de 90, há ainda quem é entusiasta da idéia. É o caso de Manoel Augusto Diniz, de Santa Cruz do Sul - RS, não por acaso a cidade natal do líder do Movimento Nacionalista Pampa. No dia 31 de agosto de 2003, ele disse que gostou de visitar o site, porém este “deixou a desejar no quesito Separatismo, sendo que assim deixou de lado o crescente sentimento que faz parte de nosso dia-a-dia, e também os movimentos organizados em prol desta causa”. Já no dia 5 de setembro, Diniz voltou a publicar nova mensagem, desta vez apelando para o boicote ao programa Casseta e Planeta, e terminou seu recado evocando: “Viva o povo gaúcho. Viva a República Rio-grandense!”Três dias depois, o internauta Vilnei Costa, de Porto Alegre – RS, mostrou-se contra o ideal separatista defendido por Diniz, ao afirmar que não acreditava ver a separação do Brasil como a solução para os problemas dos gaúchos. No mesmo dia, Diniz, diferenciando o gaúcho dos brasileiros e novamente clamando por um Estado-nação próprio, disse que respeitava opiniões contrárias a sua, embora considerasse “estranho uma pessoa ser contra sua própria cultura e a favor de uns b... que denigrem nossa imagem gaúcha, e conseguiram associar a imagem do homem sul-rio-grandense ao homossexualismo”.Neste mesmo dia, Diniz sugeriu aos demais internautas que assinassem o campo “país” do formulário de envio das mensagens do Tchê-mail como “República Rio-grandense”, algo que ele próprio já fazia em suas mensagens anteriores e continuou fazendo em diversas mensagens posteriores a esta. Porém, com o limite da cota de caracteres de preenchimento do campo, no site aparece apenas “República Rio Grande”. Seu apelo foi atendido no período determinado para esta análise pelos internautas Renato Kammler, de Marcelino Ramos – RS, já citado anteriormente na discussão sobre ser gaúcho, Jonas, de Alegrete - RS, Luciano Silva e Antonio, ambos de Santa Cruz do Sul – RS, Glauco, de Curitiba – PR, os porto-alegrenses Fernando e um internauta cujo pseudônimo é Gaúcho, além de outro de pseudônimo Tchê, que, por sua vez, não indicou sua localidade. Todos preencheram o campo “país”, ou com os mesmos dizeres de Diniz, ou como “Pampa Gaúcho”. Já Rodrigo Furquim, de Porto Alegre – RS, preferiu escrever “Brasil” com aspas.No dia 11 de setembro, Diniz chegou a enviar para o Tchê-mail trechos do texto da proclamação da Independência da República Rio-grandense, ocorrida nesta data no ano de 1836. Também relembrou quando, no início dos anos 90, a Rede Globo, através do programa dominical Fantástico, ridicularizou o estado através de uma reportagem parcial sobre o movimento da República do Pampa Gaúcho. Naquela ocasião, a matéria mostrou imagens com nomes de estabelecimentos comerciais de origem alemã na cidade e a aparência de seus habitantes - loiros, em sua maioria, devido à descendência germânica de sua população. Feito isso, destacou Irton Marx, o líder do movimento República do Pampa Gaúcho, explicando os motivos que o levaram a lutar pelo separatismo, enquanto mostrava cenas dele falando na língua utilizada por seus antepassados com seu cachorro de raça pastor alemão. Assim, a reportagem conseguiu associar a imagem de Irton Marx ao nazismo alemão, assim como seu movimento, sua cidade e seu estado, causando uma grande repercussão no Rio Grande do Sul e no Brasil afora. Em meio às mensagens enviadas por Diniz, muitos internautas interagiam com o mesmo, alguns o elogiando pela defesa da causa separatista, outros demonstrando interesse para obter mais informações sobre os movimentos separatistas existentes no sul do país. Na contramão deste pensamento estava a internauta que assinou sob o nome de Lele, uma gaúcha que reside em Curitiba – PR. No dia 9 de setembro, ela afirmou: “orgulho-me de ser gaúcha, mas acima de tudo somos brasileiros e nossa cultura é rica. Não podemos ser soberbos, presunçosos e limitados só porque somos do RS. Depois que saí do RS, eu entendi isso. E nem por isso deixei minhas raízes”. Já no dia 11 de setembro, ela afirmou que “o RS (e nem outro Estado) não é e nunca será auto-suficiente.” Apesar de discordar com Diniz, numa outra mensagem enviada neste mesmo dia, Lele se dirigia a ele dizendo que considerava a discussão importante e o assunto oportuno. Ela também se dizia favorável à manutenção do tradicionalismo, às comemorações da Semana Farroupilha e de tudo relativo ao estado. Havia apenas uma exceção: “sou contra o separatismo. Só isso”. Mais adiante, ela questionou: “Verdadeiros Rio-grandenses então são somente aqueles que concordam com o separatismo? Conceito novo de Rio-grandense agora?” E complementou: “Os Rio-grandenses de coração não precisam ser necessariamente a favor do separatismo. Eu sou Gaúcha, Rio-grandense e não sou a favor do separatismo”. Outro comentário desta internauta estava presente numa mensagem datada de 16 de setembro, onde ela disse: “Preservar a cultura e as tradições, sim. O que não quer dizer fechar as fronteiras e viver de mal com o resto”.Outra internauta que segue este mesmo pensamento é Karen, uma gaúcha que mora em Porto Alegre – RS. Em suas primeiras participações no Tchê-mail, datadas em 10 de setembro, ela se perguntava: “Para que separar?” Adiante, ressaltou que, caso o Brasil se desintegrasse, São Paulo continuaria sendo um centro mais forte que o Rio Grande do Sul, e Minas Gerais continuaria tendo uma história e uma cultura tão ricas quanto às gaúchas. Por fim, ela enfatizou: “somos gaúchos com muito orgulho, ainda mais inflamados agora com as comemorações da Semana Farroupilha; mas, acima de tudo, somos Brasil”. Por sua vez, Gumercindo Pantaleão, de Santa Maria – RS, ressaltou que “o lance do separatismo só ocorreu em nossa história por fatores que se somaram naquela época. Hoje isso não existe mais”. Por fim, se dizia “gaúcho de coração e brasileiro por opção”. Era um discurso muito semelhante ao de Luis Carlos Azzi Araújo, da cidade gaúcha de São Jerônimo: “somos brasileiros, nós, gaúchos, por opção; enquanto ELES (os demais brasileiros)[8], em decorrência da linha de Tordesilhas”.

Considerações finais

A partir deste breve trabalho, pode-se observar algumas tendências entre os internautas do site Galpão Virtual. Na discussão sobre o que é ser gaúcho, havia o pensamento comum de que, o fato de não ter nascido no Rio Grande do Sul, não impediria uma pessoa de se sentir gaúcha - em especial os catarinenses, em razão da luta desde povo para a instauração da República Juliana, enquanto no Rio Grande do Sul ocorria concomitantemente a Revolução Farroupilha. Independente disto, é prerrogativa o apreço pela cultura sul-rio-grandense para ser um gaúcho. Como lembrou o internauta santa-mariense Gumercindo Pantaleão no dia 12 de setembro de 2003, ser “gaúcho é um estado de espírito”. O mesmo não se pode dizer quando o assunto em pauta era o separatismo do estado, como o citado Movimento Nacionalista Pampa: houve um embate muito forte entre aqueles que eram favoráveis e os que eram contra a separação do Brasil. No entanto, hoje, o cerne está no debate ideológico, não mais em sangrentas lutas. Assim, parece que o mito do gaúcho vem perdendo sua força original, como já sugeriu o pernambucano Ascenso Ferreira em seu poema “Gaúcho”: “Riscando os cavalos. Tinindo as esporas. Través das coxilhas. Sai de meus pagos em louca arrancada. Para que? Pra nada!” Ainda que Castells conceitue o espaço de fluxos como desterritorializado, onde as fronteiras e o corpo físico perdem importância, percebe-se nos debates a presença de um linguajar próprio dos habitantes do Rio Grande do Sul, o portunhol, bem como a referência a locais delimitados, que vai da palavra Galpão presente no nome do site, passa pela questão da identidade cultural gaúcha e chega nos movimentos separatistas sul-rio-grandenses. Em todos estes casos, a delimitação fronteiriça é latente, trazendo à tona a existência da fronteira na Internet. Sobre este assunto, há ainda outro ponto relevante: em nenhuma das mensagens dos períodos analisados houve a sugestão ou tentativa desta comunidade virtual promover um encontro real para que seus membros pudessem discutir seus pontos de vista, por mais que estes tenham interagido no Tchê-mail. O debate prossegue, sendo o presente artigo apenas parte de um trabalho em andamento. E, ao que tudo indica, tão cedo a interação entre os internautas não cessará – aliás, estas discussões se encontram na pauta do dia daquela seção do site.

Bibliografia
BARTHES, Roland. Mitologias. Rio de Janeiro: DIFEL, 2003.
BORNHEIM, Gerd A. O conceito de tradição. In: BORNHEIM, Gerd A. et al. Cultura brasileira:
tradição contradição. Rio de Janeiro: Zahar, 1987.
BOSSLE, Batista. Dicionário gaúcho brasileiro. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2003.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2000.______. O poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
GALPÃO VIRTUAL. Disponível em: <http://www.galpaovirtual.com.br>. Acesso em: 05 abr. 2004.
GEHRKE, Mirian Engel Rotinas digitais de comunicação pessoal: Internet e sociabilidade contemporânea. Dissertação de Mestrado em Comunicação e Informação apresentada à Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grane do Sul. Porto Alegre, 2002.
JACKS, Nilda. Querência: cultura regional como mediação simbólica. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1999.
KUHN, Fábio. Breve história do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Leitura XXI, 2002.
MARX, Irton. República do Pampa Gaúcho [26 mai. 1996].
CARAMELLO, Érika Fernanda. CREMONESE, Lia Emília. DARDE, Vicente William da Silva. Santa Cruz do Sul: FABICO/UFRGS.______. Vai nascer um novo país: República do Pampa Gaúcho. Santa Cruz do Sul: Excelsior, 1990.
MELO, Itamar. A invenção do gaúcho. Sextante, Porto Alegre, n. 24, p. 6-8, dez.1995.
OLIVEN, Ruben George. A parte e o todo: a diversidade cultural no Brasil-nação. Petrópolis: Vozes, 1992.______. O Rio Grande do Sul e o Brasil: uma relação controvertida. RBCS, n. 9, fev.1989.
RECUERO, Raquel da Cunha. Comunidades virtuais: uma abordagem teórica. In: Seminário Internacional de Comunicação, 5., 2001, Porto Alegre.
SMITH, Anthony D. La identidad nacional. Madri: Trama Editorial, 1997.
[1] Versão revisada e atualizada do artigo apresentado na 7ª FOLKCOM - Conferência Brasileira de Folkcomunicação, evento realizado entre os dias 13 e 16 de maio de 2004, na Univates, em Lajeado - RS.
[2] “Homem rústico, valente, forte, guapo, grosseiro, rude" (BOSSLE, 2003, p. 278).
[3] De acordo com Castells (2000, p. 436), “o espaço de fluxos é a organização material das práticas sociais de tempo compartilhado que funcionam por meio de fluxos”. O autor afirma que sua existência depende da presença de circuitos eletrônicos, nós e centros de comunicação, além da organização espacial das elites empresariais.
[4] Grifo meu.
[5] Em razão da grande quantidade de erros de digitação, ortografia a gramática, a grafia das mensagens presentes neste trabalho foram revisadas, sem ocasionar perda ou alteração de seu sentido original.
[6] As pessoas são citadas neste trabalho pelo nome e/ou apelido que colocaram no campo homônimo no formulário de envio de mensagens do Tchê-mail.
[7] Sinônimo de gaúcho, numa alusão aos índios que viviam na região dos Sete Povos das Missões.
[8] Grifo meu.
Autora: Érika Fernanda Caramello
Fonte: www.intexto.ufrgs.br